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Agriculture and rural development

Presunto de Parma DOP

A denominação de origem protegida (DOP) garante que todas as partes do processo de produção, tratamento e preparação têm lugar na região especificamente designada.

Origens

O bom presunto de Parma DOP começa com o porco certo. No centro-norte de Itália, a criação de grandes suínos – utilizados para este tipo de presunto – evoluiu ao longo do tempo, desde o período etrusco (entre o século VIII e o século III AEC) até hoje, em paralelo com o desenvolvimento da produção de cereais e de laticínios, um elemento fulcral na alimentação dos animais. Ecco! Assim nasceu o famoso presunto italiano.

Enquanto a área de produção, que confere ao presunto as suas características únicas, se limita à província de Parma, as matérias-primas podem provir de uma área mais vasta que inclui as regiões da Emília-Romanha, Veneto, Lombardia, Piemonte, Molise, Úmbria, Toscânia, Marcas, Abruzo e Lácio.

Val di Magra, Italy
The air from the sea of Versilia calms as it passes through the olive groves and pine belts in Val di Magra, dries as it crosses the Apennine passes, and acquires the scent of chestnut groves and reaches the production area to dry the ‘Prosciutto di Parma

Produção

No fabrico do presunto apenas podem ser utilizadas certas raças de grandes suínos, como as raças tradicionais Large White, Landrace ou Dunroc. É permitida a utilização de outras raças, desde que sejam conformes com o livro genealógico italiano. O porco deve ter pelo menos nove meses de idade e pesar, no mínimo, 160 kg, seguindo um regime alimentar específico.

O porco passa por várias marcações para atestar a sua origem, a começar por uma marcação efetuada pelos criadores 30 dias após o nascimento. Aquando do envio para abate, os criadores emitem um certificado de conformidade. Em seguida, os matadouros cunham as pernas frescas destinadas à produção do presunto de Parma DOP com o código de identificação do matadouro.

As pernas são esfregadas com sal; em seguida as superfícies endurecidas são amaciadas com uma camada de gordura de porco.
As pernas são esfregadas com sal; em seguida as superfícies endurecidas são amaciadas com uma camada de gordura de porco.

Para curar as pernas, estas são esfregadas com sal no local de produção. A salga é precedida pela fixação, na perna, de um selo metálico que ostenta a data de início da produção. Segue-se uma refrigeração de cerca de uma semana, após a qual se remove o sal e se adiciona uma nova camada fina de sal, deixando-se em repouso por um período de 15 a 18 dias. Em seguida, o presunto é suspenso durante cerca de 80 dias num compartimento com uma ventilação e temperatura adequadas.

Após 80 dias, o presunto está suficientemente seco. As superfícies duras são amolecidas com uma camada de gordura de porco barrada sobre o presunto (sugnatura). Concluída esta operação, deixa-se o presunto curar em salas escuras, tipo cave. A cura deve durar, no mínimo, 12 meses.

Os produtores picam o presunto em cinco pontos específicos de forma a determinar a sua qualidade. O presunto aprovado no teste de qualidade é marcado com o termo PARMA numa coroa de cinco pontas.
Os produtores picam o presunto em cinco pontos específicos de forma a determinar a sua qualidade. O presunto aprovado no teste de qualidade é marcado com o termo PARMA numa coroa de cinco pontas.

Passados os 12 meses, realizam-se testes de qualidade, picando-se o presunto em cinco zonas específicas para ajudar a determinar se o produto é efetivamente de qualidade Parma. Se passar o teste, apõe-se termicamente no presunto uma coroa de cinco pontas com o termo PARMA, sob a supervisão de um agente do organismo de controlo.

O presunto está pronto para ser embalado, inteiro, cortado ou fatiado. Independentemente da forma em que venha a ser vendido, o processo de embalagem deve realizar-se na área geográfica de origem, a província de Parma.

Mais informações

Presunto de Parma DOP - especificações jurídicas

Denominação de origem protegida

Alimentos e bebidas de qualidade na Europa